Segundo porta-voz, a polícia não acredita que a motivação do crime seja terrorismo e o caso está sendo tratado como tentativa de homicídio, incêndio criminoso e crime de porte de arma agravado.
Polícia em operação após ataque a tiros em Orebro, na Suécia — Foto: Kicki Nilsson/TT News Agency via AP
Um ataque a tiros aconteceu dentro de uma escola em Örebro, cidade a 200 km de Estocolmo, a capital da Suécia, nesta terça-feira (4).
Segundo a polícia, dez pessoas morreram, entre elas o atirador. A identidade delas ainda não foi revelada, nem a idade.
O chefe de polícia de Örebro, Roberto Eid Forest, afirmou que não acredita que haja um motivo terrorista por trás do tiroteio na escola durante uma entrevista coletiva no meio da tarde, após o fim da operação policial.
O autor do ataque, que atirou contra si mesmo, era um homem de 35 anos que não tinha antecedentes criminais e tinha licença para porte de armas, de acordo com a imprensa local.
Os investigadores acreditam que ele agiu sozinho e disseram que não esperam novos ataques.
Ambulâncias, serviços de resgate e polícia foram ao local depois que o alarme de que algo estava errado foi dado às 12h33 do horário local (8h33 no horário de Brasília).
De acordo com o jornal sueco “Expressen”, pouco antes das 15h, pouco mais de duas horas depois do começo da operação, os policiais começaram a evacuar o local.
“Atualmente, isso é visto como tentativa de homicídio, incêndio criminoso e crime de porte de arma agravado”, informou o porta-voz da polícia.
O hospital da região entrou em estado de emergência para atender os feridos e, em um comunicado, a polícia disse que o perigo ainda não acabou e pediu para que moradores sigam longe do local.
O ministro da Justiça sueco se pronunciou sobre o ataque à emissora local STV Orebro e garantiu: “As informações sobre atos violentos em Örebro são muito sérias. A polícia está no local e a operação está a todo vapor. O governo está em contato próximo com a polícia e acompanha os acontecimentos de perto”.
Não havia informação sobre o autor dos disparos e o estado de saúde dos feridos até a última atualização desta reportagem.
“É um dia muito doloroso para toda a Suécia. Meus pensamentos também estão com todos aqueles cujo dia escolar normal foi substituído pelo terror. Ficar trancado em uma sala de aula temendo pela própria vida é um pesadelo que ninguém deveria ter que enfrentar”, afirmou Kristersson.
Maria Pegado, de 54 anos, professora da escola, disse à agência de notícias Reuters que alguém abriu a porta de sua sala de aula logo após o intervalo para o almoço e gritou para todos saírem. “Levei todos os meus 15 alunos para o corredor e começamos a correr. Então ouvi dois tiros, mas conseguimos sair. Estávamos perto da entrada da escola. Vi pessoas arrastando feridos para fora, primeiro um, depois outro. Percebi que era muito sério”, relembrou.
A Suécia tem lutado contra uma onda de tiroteios e atentados a bomba decorrentes de um problema endêmico de crimes de gangues, embora ataques fatais em escolas ainda sejam raros.
Dez pessoas foram mortas em sete incidentes de violência mortal em escolas entre 2010 e 2022, de acordo com o Conselho Nacional Sueco para Prevenção ao Crime. Em um dos crimes de maior repercussão na última década, um agressor mascarado de 21 anos motivado por motivos racistas matou um assistente de ensino e um garoto, enquanto feriu outros dois em 2015.
Fonte: G1-Brasil.